sexta-feira, 19 de junho de 2015

Na corda bamba! - O diário de um artista quase frustrado #4




Quando o cotidiano é usual demais:




Minha mãe e o meu gato Smeagol !
Foi uma bela manhã... sim, até que foi. Deixei tudo de lado, nada de ligar o PC e nem ficar vasculhando a internet. Não tinha hora para sair e nem tinha que correr com tudo. Fiquei na minha, deitado no sofá, eu e o Smeagol, lendo um bom livro, a propósito, um ótimo livro (até agora). Ficamos assim até a hora do almoço (a hora do almoço das outras pessoas), quando eu finalmente levantei para preparar o meu (resultado, comi lá pelas três e meia da tarde). Mas de qualquer forma, foi uma boa manhã!

Meu arroz ficou bom e meu feijão (fazia um tempo que não preparava um) ficou melhor ainda. Comi feliz vendo uma série nova (que vou ter que resenhar a favor se ela não ficar ruim, aí eu sento o pau), tirei meu cochilo, fiz meu café, arrumei tudo da galera canina, toquei um tempo, escrevi algumas coisas, li mais um pouco, tomei um banho e dei aula. Quando tudo parecia começar, já era o fim do dia. Sim, os dias voam, como todo o tempo desse mundo. 

Ah, deixem-me falar de uma outra coisa, essa é até importante. De ontem para hoje eu fiquei matutando um assunto e percebi que eu não gosto de ler blogs. Sim, eu leio alguns, ao menos uns três dias da semana eu passo um bom tempo lendo-os, mas eu não gosto. Não por causa de seus autores, pelo contrário, não aguento não ter o que estou lendo em mãos. Eu preciso segurar o que será lido. Na tela do PC é uma merda ficar lendo. Meu celular é muito fodido para ficar acessando blogs dele. Não consigo pegar gosto por isso. Aí, o óbvio me acometeu: ninguém deve gostar de ler também (claro que há exceções).

Ainda estou pensando nisso. E isso está me incomodando. A coisa que eu mais gosto é, livros. Sim, milhares e milhões deles. Esse é o meu gosto. Meu leitor digital também me agrada (não tanto quanto os livros físicos, mas me agrada), mas ler numa tela é um saco, um grande porre. Então eu entrei numa crise existencial: para quê fazer um blog?

Nessa onda eu tive um monte de ideias e pensamentos e queria muito que alguém comentasse comigo alguma solução. Eu pensei em disponibilizar meus textos para baixar, ou quem sabe imprimir alguns deles e vender por cinquenta centavos. Sei lá, qualquer coisa menos uma tela de PC. Como eu disse, ainda estou pensando muito nisso. Mas uma coisa eu concluí. Tenho que ser ainda mais breve e brando. Coisas longas são ainda mais desestimulantes. Ler alguma coisa num blog (entenda tela) é chato, grande então, é um porre. Fazer textos curto, fazer textos curtos, mas sou prolixo pra "carái, véi"!

Sei lá, acho que sou acometido por uma voz que diz, "ei, vá ler seu livro, não perca tempo lendo uma tela!"

Coisas da minha mente insana!


Quando o guaraná era envasado com rolha:



Eu notei que eu falei muito da minha vida como desenhista, mas lembrei de um detalhe importante da minha vida de leitor. Já disse que tinha gibis mas não os lia de fato (exceto Bolinha e Luluzinha), mas isso não queria dizer nada, não era um desafio. Eu lembro que uma revistinha em específico mudou todo esse conceito em mim, era uma HQ do Homem-Aranha, uma edição especial, de luxo, que um amigo de infância (valeu, Alexandre!) me emprestou. Cara, eu me apaixonei pelo personagem e ele permanece sendo o meu preferido até hoje.


Achei a capa da revista! Uhul, foi essa aqui!!!!


Se não fosse o Alexandre abrir mão da sua edição de luxo, eu jamais teria amado gibis, ou não! Vai saber. Só sei que, desse dia em diante, eu comecei a ler (e torrar tudo o que eu tinha de dinheiro) em HQs de super-heróis. Todos os títulos me apeteciam e, desse ponto até encontrar boas literaturas, foram-se mais alguns longos anos. Mas não me queixo, foram as HQs que me trouxeram até aqui. Aquele que nunca leu um gibi que atire a primeira onomatopeia!!!



Mais distante do que o agora:




Riiiiiiiing.... Riiiiiing.... Riiiiiing....

- Por que você ainda usa esse toque no seu "PulseCel"?

- Sou um conservador dos bons sons, talvez... pera aí... alô?

- Cara, quem fala "alô"?, af...

(- Shiu, to atendendo uma ligação!?!) Sim, sou eu!... hum... aham... não... pode ser... não, isso não... ãaaan... não... não... não... não, sai dessa, não quero escrever mais uma ficção sobre a colonização de Marte de novo, todo mundo já fez isso. Não, não me ligue mais. Já tenho minha ideias para outras dimensões e multiversos. Se quiser coisas de Marte contrate os escritores de lá. Passar bem!

Tu... tu... tu...

- Cara, quem ainda fala "passar bem"?????



Olha a gente, aqui e agora:



Lendo muito, sim, isso é bom, sempre. Mas com esse dilema "bloguiano" para resolver. As ideias musicais andam bem, já comecei a preparar meu novo material didático focado no "ouvido". Sim, reparei que, assim como eu, ninguém aprende música desenvolvendo o seu ouvido como prioridade e é isso que eu estou fazendo agora. Dando prioridade ao ouvido dos meus alunos para torná-los independentes, mais autossuficientes, como sempre deveria ter sido. Mais para frente eu faço a devida propaganda disso.

Ah, "muita coisa boa" estar por vir, isso é fato. O que não pode acontecer é perder o foco. Agora eu me vou, pois "muita coisa boa" ainda há de ser feita. Abraços!!!






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