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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Pé ante pé










Acordar e não mais esperar, 
mudar o mais simples passo para que nesse espaço 
caiba um outro passo. 

Recontar o que não deu e 
focar no que há de dar certo. 

Nada de mandinga, superstição, 
simpatia ou cruzar de dedos, 
não, nada disso. 

Apenas um olhar mais sereno e 
atento ao que está por vir. 
Apenas uma outra olhada 
daquele jeito, como quem não quer nada

Uma forma ousada de
recomeçar e se espelhar em algo melhor.
Mudar substancialmente o que há dentro,
dentro de si, aquela coisa...
incômoda e chata.

Então tenha força e mude,
transforme, ouse, construa.

A vida é feita de passos
e você não vai querer andar
aos tropeços por aí.






quarta-feira, 8 de junho de 2016

Espelhos da mente humana













Descobri que sou eterno

perdido nos lastros de um sonho

Percebi que sou volátil

enfeitado com um quê de vida

Almejei muitos caminhos

que me dessem um atalho contemplativo

Sufoquei-me em vãs tentativas

de despertar de uma repetição infernal

Coibido de claras expectativas

acerca dos sentidos entorpecidos

Afundei-me em desespero

desencarnado de um corpo abandonado,

esquecido

Findei meus passos na terra do eternamente

lânguido de vontades e receoso de verdades

O dormir pode ser para sempre

mas o acordar pode não mais chegar um dia







quinta-feira, 12 de novembro de 2015

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Forma















Como não sentir a vontade de viver de outra forma se a forma que vivo também não me agrada?

Mas por que viver de outra forma se outras formas de se viver não me são adequadas?

Então de que forma viverei se viver de qualquer forma já me é também satisfatório?

Há algum motivo para se ter uma forma correta para se viver?

E, se há, por que viver assim?

São tantas formas que,

Viver por viver,

Seja da forma que for,

Não importa mais tanto assim

Não, não importa

não dessa forma.






domingo, 1 de novembro de 2015

Currículo

















Esse é o meu currículo e, diferente dos outros currículos, esse trata somente do meu Eu:

O que posso dizer de mim mesmo que valha alguma coisa no mercado dos sentimentos? ... hum

Eu sou muito gentil e extremamente educado, aprendi isso desde pequeno, na verdade, aderi isso ao meu estilo de vida. Gosto de ser assim. Tenho essa coisa "rústica" de abrir a porta para as pessoas, dar e pedir licença, puxar a cadeira para alguém sentar, ofereço ajuda para todo tipo de coisas e mesmo que não queiram eu acabo insistindo... sempre peço por favor, agradeço tudo que eu posso e, às vezes, até o que não precisa agradecer eu acabo agradecendo. Peço desculpas quando faço algo errado ou esbarro em alguém. Tento manter a educação acima de todas as coisas, pois gosto que sejam educados comigo. Faço questão. Eu não sou assim somente com quem eu gosto ou prezo, sou assim com todas as pessoas do dia a dia. 

Inventaram um tal de horóscopo e nele eu sou de câncer. Dizem que sou muito sentimental e afetuoso até demais. Não acredito em nada disso, mas tenho que admitir que sou realmente assim. Penso com o coração, sofro por ele e fico feliz quando meu coração está bem. Pode ser que esse seja o meu grande defeito e por isso eu esteja preenchendo esse currículo, mas eu acredito que sentimento é uma coisa natural do meu ser. Sofro muito por isso... sofro por fazer outros sofrerem, sofro porque me fazem sofrer, sofro... mas não me importo mais tanto assim... lendo isso que acabei de escrever eu sinto como se estivesse mentindo pra mim mesmo, mas o tempo me fez um pouco (um mínimo) mais resistente. Gosto das pessoas de uma forma geral e costumo me entregar para todos aqueles que sinto uma grande empatia, o que não me rende muitos bons frutos...

Ser sentimental demais é sempre confundido com fraqueza, mas fraco eu tenho certeza que não sou. Sou forte até demais, posso provar isso mostrando que ainda estou aqui para sofrer mais um "cadinho". Que coisa mais chata e sensível, não?! Pois é, esse sou eu! Também me acho chato, também enjoo de mim, mas não deixo de me dar razão sempre que possível. 

Detesto brigas, detesto discussões, mas não sei "deixar pra lá" quando quero defender a minha opinião. Se a coisa esquenta eu argumento o melhor possível, acrescento "eu entendi o seu lado", mas não deixo de enfatizar que eu penso de outra forma e que isso é apenas a porra da minha opinião. Muita gente não aceita o que eu falo, sinto ou penso... entendo essas pessoas, mas quero que me entendam também. Se começam a gritar comigo eu grito de volta, se me xingam eu xingo também, mas não sou de guardar mágoas... mas se me desrespeitam ou me ignoram, eu fico "pê da vida" e prefiro não falar mais com quem me fez isso...

Mas como sou puro sentimento eu acabo voltando atrás e tento consertar as coisas... agora, se eu tenho certeza (na minha certeza) que eu estou certo e que eu fui o prejudicado, uma tristeza profunda recai sobre mim e fico magoado por muito tempo. Evito quem me fez mal e faço de tudo para não ter contato com essa pessoa. As pessoas se magoam com facilidade e eu estou entre essas pessoas. Tento ser mais forte e me importar menos, mas se eu me entreguei, quero ser no mínimo valorizado... maldito ego.

Traduzindo um pouco e reduzindo esse meu currículo: eu sou um ser cheio de falhas e defeitos, assim como todos vocês, mas quero ser amado, como muitos de vocês. Quero poder demonstrar meus sentimentos sem me sentir acuado ou reprimido. Quero sorrir e me divertir, quero saber se estou agradando, se estou cativando, se estou prendendo o seu coração...

Mas cuidado... se eu fizer tudo isso e você não gostar, pode ser que eu acabe me enjoando da sua companhia e desistindo de estar com você... vivo intensamente... gosto de viver assim. Machuco-me com facilidade, mas não tem jeito, eu estou assim...

Mesmo com todas essas coisas, eu ainda acredito que eu tenho muito a acrescentar nessa empresa. E, espero sim, fazer parte dessa equipe.

Obrigado pela atenção



P.S. Sem a devida correção



terça-feira, 4 de agosto de 2015

Julgando o livro pela capa!










Sim, sim, meus queridos, tem muita gente que faz isso com corriqueira frequência! Não nego que já me atraí por diversas capas sedutoras e encantadoras; me chamando, me convidando, me tentando e... cof, cof, desculpem, empolguei-me!

Mas até que ponto isso é uma coisa boa para nós, os leitores?! Sim, esse sou eu com mais um texto reflexivo, pronto para dar um pequeno nó filosófico/moral/social de pouca significância na sua cabeça com as minhas indagações sem respostas!

No primeiro texto eu discuti sobre o bem de se ler ou não. Questionei se era válido ser um leitor ou simplesmente isso era mais um comportamento do que uma coisa realmente boa. (Minhas poucas, e muitas vezes desnecessárias, opiniões você encontra aqui: clique numa dessas palavras para ler o texto anterior!)

Agora vou discorrer sobre essa questão de capa! As editoras, como bem vocês podem estar percebendo, andam gastando uma fortuna em lindas capas, dos mais variados tamanhos, cores, formas, brilhos, relevos, bodegas e coisas do tipo. Sim, muita grana! (Folheei um exemplar hoje que, se não me engano, as primeiras dez folhas eram roxas e cheias de desenhos, mais nada)

Alguém vai dizer, "mas é lindo!" Não disse que não era, é sim, mas e aí? Cara, só essas dez folhas roxas no início, mais dez no final totalizando 40 páginas sem nada escrito, só enfeite, nada que acrescente na sua vida (e tem gente que fica babando por isso), exceto que o preço vai lá em cima por conta de cada pequeno detalhe!

Na minha inútil opinião o que deveria ser levado a sério é: integralidade do texto, excelente tradução e uma capa com orelha rígida suficiente para não se despedaçar! Pronto! Não precisa pôr desenho, não precisa pôr enfeite nenhum! Quero um livro sem "requintes"! Se quisesse enfeites e desenhos mandava pôr lacinhos numa HQ e comprava por um preço absurdo!

Não quero ser de todo contra, temos alguns prós: capas bonitas chamam a atenção de leitores (aqueles que precisam se encantar pela capa!), de novos leitores, do pessoal jovem que quer começar a se aventurar na leitura!

Entretanto, tem uma contra partida nisso: muita gente compra livro pra colecionar. Já fui assim em diversas épocas da vida, quando comprava muitos livros e lia pouco num ano qualquer. Mas o que eu ando vendo (vide youtubers de plantão) é uma leva enorme de gente que compra uma porrada de livros e fecha uma renca de parcerias e não lê quase nada! (é óbvio que existe exceções)

Um livro foi feito para ser lido, ao menos é o que eu sinto quando vejo um deles me encarando na estante e dizendo de forma suculenta: "Vai, Pedro, me compra, me leva pra casa, me leia, me devore, me..." Ok! Já deu pra entender!

O que você sente vendo as lindas capas dos novíssimos livros? Sejam sinceros! Eu sei que acende uma vontade louca de tê-los, mas são apenas livros como os outros, certo?!

Outra coisa que me aborrece é o "mais do mesmo"! Eu gosto de ver canais literários e ler coisas sobre livros, mas temos uma repetição trágica aqui, pois todos são parceiros das mesmas editoras e acabam recebendo os mesmos livros e mostram as mesmas coisas, principalmente com comentários do tipo: "essa capa é linda!", "gente, olha que capa linda!", "Olha que diagramação fantástica!" PURO SACO! Isso aí, na minha terra, se chama puxa-saquismo!!! Você ganhar um livro da editora não quer dizer que ela paga o seu sustento, não se vendam tão barato.

E olha que a grande maioria de parceiros não leem seus livros. Vi gente comentando que vai demorar "alguns meses para ler esse", e nem meses depois sai uma "resenha" (aí entra aquela outra questão: resenha não é resumo, galera! Pelos deuses, parem de resumir livros e falarem de suas capas. Eu quero saber da sua emoção ao ler o livro, sua sensação, seu parecer sobre a história, lembrem-se disso! Escrevi sobre esse assunto aqui: clique!).

Não me levem a mal (ou levem, é seu direito também), eu também amo capas, me encanto com elas e também quero todas elas, mas isso não pode ser o fim das coisas! O mais importante é ler, ou eu estou completamente equivocado e uma nova raça surgiu entre nós: os admiradores e colecionadores de livros! Pré-requisitos: amar capas e ter grana! Obs.: não precisa saber ler!

Não se prendam aos seus medos e receios, apenas façam o que quiserem. A vida é curta demais para se preocuparem se estão levando o livro só por causa da sua capa, mas tenho certeza que em algum momento você irá sentir que o conteúdo é sempre mais importante do que a sua simples aparência!



Leiamos todos, leiamos sempre! Abraços




sexta-feira, 31 de julho de 2015

Por que ler? + algumas outras teorias e explicações










Como explicar em poucas linhas um período de seca? Por que fiquei tanto tempo sem escrever (foram só quatro dias, mas pra mim isso é muito tempo)? Por que minha produção de textos caiu pela metade esse mês? Quantos anjos podem dançar na ponta de um lápis número 2?  Muitas perguntas...

Acho que explicar sem ter sido perguntado não faz sentido. Então vou simplesmente continuar, como se nada tivesse acontecido, porque eu sei o que rolou, não foi nada demais, mas nada que valha a pena ficar justificando.




Mas uma coisa surgiu nos meus pensamentos: por que afinal temos que ler?

Ler é cultura? Ler faz bem para sua saúde mental? Ler traz algum benefício? Ler é bom? Ler tem algum significado oculto? 

Tenho várias respostas para essas e muitas outras perguntas relacionadas, mas não confio no meu julgamento acerca desse assunto. Quero então lançar essa reflexão: por que diabos gostamos de ler, por quê?

Lembrando que essa é uma reflexão para apenas uma pequena parcela das pessoas desse país, pois a grande maioria não gosta realmente de ler. (E uma outra grande maioria sequer sabe que eu escrevi esse texto.)

Quem foi que inventou que ler é bom? Quem? De onde tiraram essa ideia? E você, gosta de ler? Por quê? Já pensaram que ler pode ser apenas mais uma coisa inventada, um ato social? 

Antes que me atirem pedras, vale lembrar que eu amo ler, isso faz parte da minha vida. Leio todos os dias com o maior prazer desse mundo. Fico angustiado se não leio. Tenho crise de tédio se pego um ônibus ou caminho para o trabalho sem ter um livro como apoio. Filas são um convite à leitura. Esperar por alguém?, ler é o melhor remédio! A meu ver, se eu não lesse eu seria muito mais triste e o mundo seria muito pior.

Mas aí entra a questão, porque isso vale só pra mim, vale só pra você que ama ler também, mas vale para todo mundo? Ler realmente é tão foda (perdoem-me o palavreado, mas foda-se) assim?

Eu vou afirmar que sim, xingar quem disser que não, mas isso não pode ser simplesmente verdade. Eu sou mais feliz do que alguém que não lê? Não posso dizer coisas desse tipo. Não são vias de regra. "Nada na verdade é o que parece ser", mas eu acho que é!

Por muito anos eu gastei saliva tentando explicar vantagens de se ler, convencer alguém que ainda tinha dúvidas, incentivar aqueles com preguiça de continuar um livro, dar apoio àqueles que desejavam ler mais, repudiar aqueles que não liam, entre tantas outras futilidades.

Mas olha aí, nada faz sentido. Eu acredito piamente que ler é bom para caralho e ponto, mas isso não justifica absolutamente nada. Acho que se eu tentar convencer alguém disso vou estar simplesmente fazendo o papel de um pregador religioso, impondo a minha verdade sobre a das outras pessoas e isso é uma baita de uma mentira. Hipocrisia. 

Confuso, né?! Por isso estou há alguns dias pensando. Ler chega a parecer um ato de gente esnobe. Uma declaração de intelectualidade banal. Uma exibição de poder cognitivo.

Pronto, peguei ódio e vou parar de ler! Mentira! Nunca faria isso, seria como arrancar os meus  próprios olhos. Só acho que se ler fosse tão legal assim, todo mundo já estaria lendo. Acho também que se jiló fosse tão bom, todos estariam comendo (eu como, sou todo ao contrário)! Não dá para ditar regras.

O assunto é finito, longo, cansativo, e extremamente dúbio. Espero que vocês tenham a paciência para refletirem e o carinho para deixarem a sua opinião logo abaixo.

Se você não gosta de ler e acha que isso é inútil, por favor, deixe o seu comentário também. (Provavelmente não haverá comentários de alguém que não gosta de ler, certo?! Mas vai que rola?!)

Só quero deixar o meu último parecer: eu leio, você não!!! (sim, é idiota, mas não deixa de ser vantagem, ao menos pra mim!) :)







sexta-feira, 24 de julho de 2015

Essa gente





Imagem by Guilherme Kramer





O mundo anda tão sem noção

que gente que não sabe nada

anda ensinando,

que gente que não entende nada

está pregando,

que gente que não aprende

quer falar que sabe,



Tem gente que vê uma única realidade

e mata por ela, ou mesmo, pior ainda,

leva todo mundo junto para matar com ela...



Cuidado!!!, tem gente que nem sabe

que não é gente...




terça-feira, 30 de junho de 2015

Sobre o nada!








Passeando pelos meus escritos eis que eu encontro esse. Uma boa divagada sobre o ser e o não ser. Psicodelia a parte, este texto tem uma grande e constante reflexão. Se não gosta de refletir ou mesmo pensar, é melhor voltar para seu local de origem, o nada. Mas se ainda tem saco para ler algo que eu escrevo, sejam bem vindos ao: nada!




Sobre o nada! 

 

Pensei muito sobre o que escrever hoje. Meu intento é começar este mês arrasando em número de postagens. Pretendo postar, almejo, ao menos um texto por dia. Um total de trinta neste mês. (Eu e minhas metas!) Bem da verdade, eu escrevo todo dia, mas não são todos os dias que eu completo algo útil. E foi assim que eu comecei o meu texto de hoje: divagando. Pensei em escrever algo que me aliviasse do estresse, coisas que eu odeio por exemplo... mas não quero voltar à velha lista (tem muita coisa nessa). Coisas ruins? Nããão! Sabem que eu não gosto de coisas ruins. Deixa eu ver... hum... já que não quero falar de coisas ruins, que tal coisas boas? Hum... também não, não estou inspirado. Nem tão pouco as coisas que amo. Seria um discurso longo e eu estou devendo um texto sobre o amor.

Bom, foi pensando nestes assuntos que eu descobri sobre o que irei falar hoje, e o assunto escolhido foi: nada! Isso mesmo. O nada é algo que devemos dar mais atenção. Quantas e quantas pessoas, que eu conheço, que estão repletas de nada!? É quase que uma epidemia. Mas não culpemos os seres deste mundo (nem de outros), a culpa não é de ninguém senão de nada, nem coisa nenhuma! Assim como nossos pecados, o nada é amplo, complexo e nunca quer deixar de existir. Sendo desta forma, e de outra não podendo ser, ele está entre nós, e por que não dizer: em nós!

Olho a minha volta e, por mais que eu veja algo, sempre hei de ver o nada. Como posso deixá-lo passar despercebidamente, se, não restando mais dúvidas, ele está ali? Analisemos então o nada. O que ele é? Começaria dizendo: coisa nenhuma. Seria redundante de minha parte. Então pensei em uma outra concepção: o nada é tudo aquilo que não se pode ver. Mas mesmo assim há um problema; embora não se possa vê-lo, sabe-se de sua presença. As coisas vão se intensificando e o que penso agora é: o nada, embora invisível, é tudo aquilo que não deixa dúvidas de que, ali, onde não existe coisa alguma, há o total de sua magnificência. Mesmo onde existam todas as coisas, ele está ali.

Convenhamos: refletir sobre o nada te leva a lugar algum. Acontece que, viver sem pensar no nada é como negar a existência de tudo aquilo que nunca existiu. Você vê, fala, ouve, sente, embora tudo isso, não passe de coisa alguma. Volto à velha frase: o que vivemos existe? Se não existe, ou mesmo se realmente existe, o mais importante é que, o nada, está lá. É descabido falar de nada quando, uma vez que pareça não ser nada, na verdade ele é quase que tudo. E nisso eu digo: tudo engloba o nada; e o nada é tudo. Ou seja, quando alguém diz: “eu tenho tudo”; na verdade o que está querendo dizer é: “não tenho nada nem coisa nenhuma”.

Tenho muita coisa a pensar e refletir sobre o nada, mas mesmo assim, não quero escrever mais nada. O assunto é extenso como a vastidão do infinito e, isso me fez lembrar que, o que é o infinito senão absolutamente nada?! Vagueio entre as palavras para descrever a forma do que nunca vi e sempre soube que estava ali. Perda de tempo? Loucura? Eu diria: nada disso! 



Publicado originalmente no dia 2 de setembro de 2010, quinta-feira.



 

segunda-feira, 29 de junho de 2015

29 de junho há 75 anos




Pedro Guatemar Delavia, meu pai!





Não apenas uma data qualquer, seria o dia que meu pai faria seus 75 anos. Pesados e penosos anos...
Quanta coisa aprendi com ele, quanta coisa deixei de aprender. Quantos sentimentos...

Como é difícil expressar exatamente esse sentimento, algo tão doloroso, doído... 
Tenho de ser forte, é o que vivo repetindo para mim, é o que costumo fazer...

Nem sempre seguro as pontas e desabo em rios de lágrimas, nem sempre sou duro...
A falta existe e aos poucos ela vai se abrandando, mas quando aparece, massacra...

Gratidão, palavra forte que aprendi ontem... obrigado, pai.
Perdão, pai, por tudo que deixei de dizer... te amo.




terça-feira, 16 de junho de 2015

Entendendo a natureza do tempo







Existe beleza no tempo?
A beleza de ir-se embora
Mas é mesmo plausível a sua existência?
O tempo vale para os que nele vivem
 
Como não fazer parte do tempo?
Compreendas o valor do instante
 
Onde repousa o tempo e a vida?
Onde supostamente encontrarás um fim

O tempo é o senhor do destino?
O tempo é o mestre das ilusões

És maior do que o próprio tempo?
Não podemos ser maior do que o nada

Tudo então se finda e termina?
Nada na verdade nunca começou

Tu és então O tempo?
Cala-te, tomas o meu tempo






segunda-feira, 15 de junho de 2015

O povo gosta é de desgraça, então leia essa desgraça!




O que te faz gostar tanto assim de algo tão terrível? Cultura? Sua natureza? Sua criação? O quê? Realmente não consigo entender. Mas responda essa pergunta: você está aqui por causa da palavra "desgraça" no título, porque você esperava algo realmente "desgraçado", ou só porque está acostumado a ler-me? Reflita por um instante...

Outra coisa muito importante, por que é que algumas coisas são vistas comumente e outra são tão absurdas? Por que é que pessoas assistem e divulgam (já bloqueei todos que me mandavam) vídeos de crueldade, gente morta, assassinatos, bichos sofrendo, gente suicidando, execuções, catástrofes, fotos de corpos, gente partida ao meio, órgãos expostos, atropelamentos, acidentes automobilísticos, sangue, muuuuuuuito sangue e, em contra partida, essas mesmas pessoas se ofendem com um homossexual protestando contra a violência, essas mesmas pessoas se incomodam com seus filhos vendo cenas de sexo na TV, essas mesmas pessoas até arrepiam de ouvir as palavras "punheta e masturbação"!

Aí eu te pergunto, querido amigo (pra não dizer filho de uma grande puta): PORQUE É QUE PRA VOCÊ O SOFRIMENTO E A DESGRAÇA ALHEIA É COMUM, MAS A PORRA DO SEXO NÃO É????????????

Quem foi que te disse que morrer é mais legal do que trepar???? Quem foi que te falou que bater uma punheta é mais pecaminoso do que matar alguém e ficar divulgando isso para os seus amigos religiosos? Quem foi, o desgraçado e filho da puta que te criou, que disse que mandar gente despedaçada é mais divertido do uma piroca entrando numa boceta ou cu????? PAREM DE SER FILHOS DA PUTA!!! PAREM DE ACHAR QUE MORTE É NORMAL E QUE TREPAR NÃO É!!!

Um pinto, uma boceta, um cu e umas tetas não são motivos de ojeriza, pois trazem prazer, diversão e até procriam, já o caralho da porra dos vídeos que vocês divulgam só dão nojo, pesadelos e repulsa! Ah, deixe-me te contar mais uma coisinha: se você não sente nada disso, você é um(a) sádico(a) com tendências sociopatas!

Eu estou vendo uma nova inquisição chegando por conta de um bando de falsos moralistas, gente que trepa escondido e que divulga vídeo de gente morta e violência! Gente que aponta o dedo na sua cara, mas que não tem uma gota de virtude para mostrar a ninguém!

Eu cansei de falar isso aqui no meu blog e pra quem quer que seja: vá estudar, vá ler, vá trepar, mas parem de ser um bando de monstros marginais que distribuem o ódio! Sua fé cega, seu cinismo, sua falta de cultura é que estão fodendo com o mundo, não é quem quer dar o brioco que fode com o mundo, são vocês, os amantes da desgraça!

E da próxima vez que for postar um vídeo ou foto de desgraça, ou contra o sexo, lembre-se que os monstros que cometem esse tipo de ação são os mesmos que matam e estupram, crianças, jovens e adultos! E você, sim, você, seu filho da puta, fica promovendo mais violência! Pega a porra de um livro e vá ler, quem sabe o seu tão magnânimo deus não te isente de tanta merda que você já fez!!!!

Obrigado por mais esse desabafo,

continuamos agora com a nossa programação normal de postagens!


segunda-feira, 8 de junho de 2015

Sentir e sentir





Se eu perguntar: você sabe daquele sentimento?

Você pode até responder que sabe

Mas na verdade não sabe realmente

Porque este sentimento só é sentido por um

O sentimento é único e de cada um



O que diferencia nossos sentimentos?

O interlocutor somente e mais nada

Existe importância e relevância?

Claro, igual para ambas as partes



Mas um tem de ser mais importante, não?

Sim, o meu é menor para você

O seu pode ser menor para mim

Mas os nossos são sempre maiores



Estás comparando sentimentos?

Não, estou realçando a sua unicidade!

Quer me fazer sofrer?

Claro que não, nunca!

Mas estou sofrendo!

Não posso impedir teu sofrimento

Acabou de dizer que não quer me fazer sofrer

Mas não posso impedi-la de sofrer quando quiser

Mas sofro por tua causa

Sofre por teu sentimento

Não, sofro por ti

Sofre por acreditar que sofre

Tu me fazes sentir isso

Teu sentimento é maior do que o meu

Estas afirmando?

Sim

Mas é tua culpa

Assumo-a

Não te disse?!?!

Sim!

Sentes então o quanto me fazes sofrer?

Não, o sentimento é só teu!




domingo, 31 de maio de 2015

Frases... (revisão e acréscimo)



Frases...



1 - Segredo da vida:

 pratique infinitamente até seu último suspiro.


2 - Te espero:

mais rápido do que o alvorecer do dia e mais lento do que o cair da noite.


3 - Possibilidades:

A impossibilidade está na anulação proporcionada por sua mente...


4 - Futuro:

Esperar por ele é tornar o presente num passado.


5 - Puro:

Tudo que é simples.


6 - Dificuldade:

Tudo que não é puro.


7 - Simplicidade:

É não deixar de ser puro quando está tudo difícil.




 Publicado originalmente no dia 30 de outubro de 2010, sábado; e acrescentado hoje!

 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Sabe o conhecimento? Jogue ele no LIXO!




Pode parar de ler agora se você não quer soletrar palavrões. Não precisa continuar se você tá pouco se fodendo em aprender sempre mais e, de preferência, todos os dias. Saia imediatamente se você é meu amigo(a) e não quer ser ofendido(a)!

A bagaça é a seguinte: vou escrever tudo com muitas gírias e palavrões para que um cérebro padrão de baixíssima capacidade possa almejar entender! Nada de textos ornamentados. Isso aqui é a porra de um desabafo. Uma frustração que me acompanha há alguns anos (e não é "há anos atrás", débil, isso é uma redundância, um pleonasmo!). Uma coisa que eu tenho que fazer por mim e por mais ninguém.

Vamos aos fatos: 

 1 - você aluno, é, você, que sempre desprezou o que eu te ensinei, quero que você reflita sobre isso: "e se o que você soubesse fosse desprezado. E se o que você estudou anos e praticou por toda vida fosse largado de lado, porque não é uma coisa útil pra ninguém?" Você acha que música não serve pra nada? Que ela não é importante?

Pois eu vou te dar a real: você é que não serve para a música! Caia fora! Respeitem meus anos de estudos e horas diárias de prática! Respeitem o meu tempo! Eu podia estar lendo, escrevendo, aprendendo, praticando, ao invés de ficar te esperando quando você decide matar uma aula! Entenderam?!  
   


 2 - agora você, jumento analfabeto e ruminante, é, você que não sabe escrever duas linhas sem errar todas as três! Você é o pior que podia existir na humanidade. Você é tão burro que não conseguirá jamais escrever certo. E você é ainda muito mais burro, porque não quer aprender de jeito nenhum! 

Se você acha que estou exagerando, responda: por que é que vc ainda não aprendeu a diferença entre "mais" e "mas", por exemplo? Eu te respondo: porque você é um lixo de ser humano, uma mula disfarçada de preguiçoso(a), você é o resto dos restos de uma sociedade desprovida de conhecimento. Você não merece a internet, você não merece um livro, você não merece nem uma bula de remédio, porque você é uma anta e não sabe aprender com nada disso! 



 3 - Pra todos vocês que acham que estar numa rede social e exibir a sua incompetência perante milhares de usuários vai te isentar de ser conhecido como mais um tapado acéfalo, eu digo: MORRA! 



Eu não suporto mais a burrice! Eu não aguento mais a falta de vontade de aprender desse bando de safados! Eu não consigo mais ver um monte de energúmenos justificando (ou pior ainda, aceitando seus erros: "fodasseh ki tah herado, mim incina a iscrevee naum qui eeeu escrevu du geito kqi eeu kereh") Cambada de jumento! 

Espero que vocês sofram por suas burrices por toda vida! Vocês têm que ter plena certeza de que vocês têm tudo ao seu dispor para aprender e melhorar, mas vocês não quiseram e, por esse motivo, devem pagar por isso!

Vocês ficam discutindo política e a política está pouco se fodendo (e é fodendo, com "o", bando de jumento, não é com U, não, porra!), porque eles sabem que para manipular a massa o melhor é que vocês sejam todos burros mesmo! 

O poder está com quem possuí o conhecimento, não está com quem rebola até o chão! Sua bunda vai cair, o seu pau não vai mais subir e o que lhes restaria seria o caralho do cérebro, mas este atrofiou-se por falta de uso! 

To de saco cheio de todo mundo e quero que todos vão para a puta... Eu sempre fui a favor de ensinar e ajudar, mas eu estou me cagando pra vocês e pra suas dificuldades e vontades. 

Quero pegar o próximo que falar assim: "ai, eu adoro música, sempre quis aprender!" MENTIRA! Se quisesse, você já saberia ou já estaria aprendendo, repito: vocês não merecem a música, vocês não merecem a língua portuguesa. 

Vocês, seus trouxas, merecem as novelas, os telejornais, a merda do futebol e desgraça do funk, porque cada um de vocês deve tomar no seu respectivo cu! (viu, mula, cu não tem acento, jegue!)

Se quiser aprender alguma coisa, pague adiantado que eu te ensinarei,  só o mínimo necessário (como fazem com vocês todos os dias e você sequer percebe). Vou rir da cara de todo mundo. Ajudar pra quê? Pra quê me importar? 

E isso é o meu desabafo amenizado, desculpem-me meus amigos e as pessoas que respeitam o meu esforço, mas para todo o resto: vão se foder!!!!



No próximo post voltaremos com nossa programação normal, sem palavrões e apelações! Grato, o ser mais puto dessa casa!



segunda-feira, 25 de maio de 2015

Sonhando - Conto VI (revisão)





   Nesse último conto antigo e curto, eu apresento uma teoria que por anos me assolou. Quer dizer, eu passeio por esse tema que muitas pessoas já abordaram. Seus sonhos são reais? Quando você saberá se está dormindo ou se está acordado? Afinal, o que é a realidade? Vale a pena continuar dormindo e sonhando? Enfim, leiam, reflitam sobre e também comentem o que acharam do texto. Bons sonhos para todos...



Sonhando



   Então, tudo não passou de um sonho... parecia tão real que ocupei-me de esconder, temendo o pior. Na verdade, tudo realmente parecia um sonho, mas no furor daquela ação tive medo de pensar assim. Quantas não eram as evidências de que eu estava sonhando e mesmo assim hesitei? Acovardei-me... tenho vergonha de caminhar entre as pessoas lembrando daquilo que aconteceu. Tenho vergonha de encarar a realidade, tenho vergonha de encarar os sonhos... ou seriam pesadelos? Só sei que a perdi... Um fluxo de pensamento qualquer me apavora, me sinto sensível, preocupado sempre... sei que preciso superar, mas não tiro a imagem dela da minha mente. Vendo-a desmanchar-se com os braços estendidos em minha direção a alongar-se pelo efeito rotatório do que se esvai... Aquela imagem ainda me causa dor... e pensar nisso não é opcional. Cada som e movimento à minha volta. Tudo me faz pensar nela. Seus olhos fundos e inspiradores, clamando por mim. Nada ficou no lugar. Tudo se desmanchou, se desfez...

   Por que ainda vejo seu rosto? Quantos sonhos não estivemos juntos? Quanto tempo já não se passou? Nem tanto assim... pareciam anos, mas na verdade eu não creio que chegou a tanto tempo... mais de um dia com certeza... mas menos de um ano. Enfim, tudo agora é pó. O pó já não sofre com o tempo... e ainda tenho dúvidas... como posso sentir e sofrer se já sou pó? 

   O fato é que, mesmo não querendo, eu ainda vivo aqui e lá, no mundo dos sonhos. Nunca mais a vi naquele mundo, mas sempre quando acordo, penso ter visto. Quando ando nas ruas, temeroso, sempre imagino que a estou vendo. Cada mulher que olha-me nos olhos. Cada fio de cabelo liso que me lembra o seu. Aquela dor profunda se insere em mim e vai me rasgando a ponto de me fazer perder o equilíbrio, cambalear. As pessoas me olham torto, como se eu fosse um bêbado ou um insano qualquer. Acabo sendo mesmo, de uma forma ou de outra. Um bêbado de amor, ensandecido de paixão.

   As noites são as piores fases do dia. Minha tensão vai aumentando e me deixando incomodado, ansioso. Olho-me no espelho todas as noites antes de dormir. Talvez faça isso para verificar se ainda estou aqui... vejo meus olhos cansados e mal dormidos, avermelhados e irritados. Sinto falta de mim mesmo, de quando me sentia bem quase sempre. Sinto falta de mim... sinto minha falta... não, só sinto falta dela... e assim eu faço, todas as noites... descanso minha cabeça sobre o travesseiro e faço uma última prece: encontrá-la novamente nos meus sonhos.

   Passo muitas horas acordado, revirando na cama, buscando o sono. Nesse tempo todo, a antiga e nunca desgastada imagem sempre está lá, me atormentando. Seu rosto se distorcendo novamente no mesmo redemoinho... O sono chega. Ao entrar nele, nada mais acontece. O mesmo vazio de sempre depois que ela se foi. A agonia toma conta do meu sono. Sei o que quero sonhar, consigo pensar dentro do sonho, mas lá não existem imagens... nada de ver o seu rosto, nada de me alegrar com seu sorriso, nada de sentir seu toque, nada de me entorpecer em seus lábios, nada, nada, nada de coisa nenhuma...

   Acordo novamente encharcado de suor, soluçando e sem fôlego. Ofegante, desesperadoramente tentando voltar à realidade... mas isso aqui é a realidade? E se for o oposto? E se eu estiver acordado quando estou sonhando e sonhando quando estou acordado? Verdade ou não, eu aprendi a viver num sonho e a dormir na realidade. Aprendi a tirar vantagem do que aconteceu comigo. Agora eu passo os dias sonhando com seu rosto, construindo novos encontros e momentos felizes. Assim, quando vou dormir, me despeço da sua imagem, e durmo tranquilo. Ansioso por acordar pensando nela. E assim consigo transformar minha vida de pó em algo substancial. Meu único medo é sonhar com ela novamente e perdê-la de meus pensamentos quando estiver acordado... mas não mais deixo isso me afligir. Agora, o importante é continuar sonhando acordado... 



Publicado originalmente no dia 9 de junho de 2011, quinta-feira.


 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Conciso #4 - Espaço interno







Alguém aqui já parou para refletir sobre o espaço? Não, não estou falando daquele que está distante, daquele lá fora, longe daqui (como o da foto), estou falando do espaço que existe em todos nós, não o físico, mas o sentimental/espiritual. Você não acredita que existe um espaço vazio dentro de você? Experimente então passar cinco minutos sem pensar em nada, sem dizer nada, apenas consigo mesmo(a). 

E aí, fácil? Bom, se você tentou (como eu venho tentando), devo acreditar que sua mente te levou para N lugares, certo? (desculpe se não aconteceu com você, deves ser  um(a) iluminado(a)) Por que não conseguimos sossegar a mente e não pensarmos em nada?

Acredito que espaço que não nos é preenchido (na maioria dos Seres, lembre-se bem) seja o grande responsável pelo nosso descontrole acerca de não conseguirmos silenciar a mente. Por quê? Por que não conseguimos controlar nossos pensamentos? 

Você já se deu conta de que o seu pensamento controla você? Vivemos grande parte de nosso dia lembrando do passado e imaginando o futuro, mas raramente pensamos no presente. Você se entristece se pensa em algo triste e sorri quando lembra de alguma coisa engraçada. Por quê? 

Resultado de um espaço (por menor que seja) dentro de todos nós. E o quê deveria estar ocupando esse espaço? Deus? Fé? A divindade, seja ela qual for? Eu não penso assim, acredito que esse espaço que tanto nos falta seja a falta de apenas uma única coisa: nós mesmos!

Provo! Se você deseja um bem material e o consegue, logo você desejará outro. Se é um bem sentimental, acontecerá a mesma coisa. Se é um objetivo, logo você colocará outro no lugar. E assim por diante com qualquer outra coisa. O que fazem os grandes meditadores do planeta? Encontram-se e sossegam suas mentes. 

Não, não me considero um ser espiritual. Tenho todos os meus defeitos e falhas humanas. Sou como a grande maioria. Por que escrevi esse texto? Porque sinto paz quando estou comigo mesmo, quer dizer, quando me dou conta disso. São tão breves e raros esses momentos, que não sei descrever ao certo o que se passa. Mas sei que, se existe um caminho de "sossego", este é ele. 

Medite. Faça o que lhe for mais palatável, mas não busque isso fora de você, nem em alguém, nem em algo divino. Precisamos e sempre precisaremos de nós mesmos. E você pode até achar que é bobagem, que é uma idiotice. Pode buscar onde for e pedir a quem for, mas você só encontrará você em si mesmo(a).

Termino com uma frase que eu li em algum lugar desse vasto mundo que é a internet:

Tentei fugir de mim, mas, pra onde eu ia, eu estava!


Think about!



terça-feira, 12 de maio de 2015

Crença




Olho para todos os quatro cantos da sala
Não existe nada lá além das próprias paredes
Nada nelas a não ser quadros, estantes e pó
Nem nada entre elas e eu

Ouço e vejo pessoas fervorosas em suas crenças
Crenças que condenam todos nós, os descrentes
Ouço murmúrios que essa seja a causa da infelicidade
Mas infelicidade, para mim, está no excesso de crença.

Não quero nada divino interferindo no meu viver
Não aceito nada que eu não possa ver
Não deleito-me com falsas esperanças
Não creio em vãs palavras de um livro antigo

Lamento que tenhamos que viver separados
Crentes e descrentes, pois somos apenas indivíduos
Todos semelhantes, crentes ou não, divididos
Apartados por vagas sugestões de um paraíso.

Dogmatizados por antepassados e instituições
Que insistem em afirmar suas verdades e crenças
Que convertem os mais desesperados e aflitos
Que arrebatam mentes, até das mais inteligentes.

Por hora é duro quantificar, quantos são?
Sei que a grande maioria, praticamente todos vocês
E por que deveria eu também crer? Me entregar?
Porque a vida é dura? Insatisfatória? Enlouquecida?

Não culpo deuses nem demônios por minhas desventuras
E muito menos lhes dou a glória por minhas conquistas
Chamem-me de egoísta, ateu e atormentado
Sou apenas indivíduo, indivisível no meu pensar

Se o mundo é perigoso e a vida é dura
Não culpo outro ser que não somente eu
Nada de anjos ou forças maléficas
Apenas minha incompetência, há de ser

Não resta mais nada a falar e esperar
Cansei-me de falsas profecias e das heresias
Mundo mundano, chocho e perturbado
Mais insanos são os angariados

Se por outro motivo me molestas
Tenha fé, não aquela do divino
A sua própria fé, em si mesmo
Deixe-me contente, Oh, descrente

Limpe sua alma encardida, imunda
Aponta teu dedo santo para outro inimigo
Não detesto nenhum de vocês
Apenas não lhes dou mais atenção

Querendo ou não, somos "irmãos"
Não de sua religião
Somos uma grande população
Separados por sua crença desmedida

Amém!



terça-feira, 5 de maio de 2015

Dia de treinamento



Não, não estou falando do famoso filme homônimo! Resolvi dar esse título a esse texto para abordar a manhã exaustiva de hoje. Depois de muito tempo parado eu voltei a treinar (logo explico). Não sei quanto tempo durou exatamente toda aquela atividade física, mas acredito que a dor (que inclusive estou sentindo agora) se prolongará por muitos dias.

Não sou um desportista nato, não gosto de futebol (como a maioria dos brasileiros afirma gostar), não gosto de automobilismo, não gosto de esportes que envolvam uma bola, quadra, campo, entre outras coisas comuns a esses esportes. Mas sou interessado e praticante (não obstinado) das artes marciais. E, dentre todas as conhecidas e desconhecidas, a que eu mais admiro é o Kung Fu. Tanto por sua arte (e bota arte nisso), como por toda sua filosofia e demais benefícios que essa "luta" nos traz.

Tudo começou há muito tempo, lá pelos meus dezesseis anos, quando treinei pela primeira vez. Foi um amor à primeira vista. Mas é uma história longa demais para ser contada aqui. O que acontece é que eu nunca fui muito assíduo, mas, em contra partida, sempre fui muito perfeccionista, o que sempre me ajudou a decorar muitas coisas e a lembrar de muitas delas durante todos esses anos nesse vai e vem.

Tudo isso eu disse para simplesmente divagar sobre um dia atípico, onde acordei cedo (coisa rara, mas se tornando frequente), treinei pesado (com certeza também uma coisa rara) e voltei dolorido. Diria que o dia de hoje renovou uma experiência saudável que agora pretendo oficializar como constante. Treinei com novos colegas e também um novo professor (excelente pessoa e extremamente didático), criei novas expectativas, novas metas, novos objetivos, enfim, tudo foi renovado (até a dor). Um dia de treino novinho em folha de uma arte milenar e tradicional.

Eu me conheço bem, só me afasto dessa arte quando o tempo (ou grana) ficam escassos. Pretendo levar adiante, seriamente, aprofundar nos ensinamentos e melhorar, principalmente, a saúde. Não sou velho o suficiente, mas também não sou mais aquele rapazinho de dezesseis anos que, se tivesse levado a sério o treinamento desde o começo, hoje seria mestre. Mas me contento com o status de discípulo, pois já estou farto de ser um mero aluno inconstante.


domingo, 26 de abril de 2015

Sem nada para dizer



Para abreviar a conversa vou começar pelo fim: acabou que eu não disse nada mesmo...

Por que escolhi começar do fim? Porque não faço a menor ideia sobre o que eu vou falar. Sei que estou com esse desejo louco de escrever, mas para não escrever muita bobagem optei por ser prático. Tenho infinitas ideias na cabeça e hoje elas estão se contorcendo e misturando. Acontece isso comigo às vezes, não sempre. O meu maior problema é a necessidade de expressão. Tenho esse impulso que me consome e que não se sossega nunca. Então eu escrevo e escrevo até não ter mais nada para dizer ou escrever. E aí, você já viu, né?! Acabou que eu continuo sem saber o quê eu queria falar, acabou que eu não disse nada mesmo...