Passeando pelos meus escritos eis que eu encontro esse. Uma boa divagada sobre o ser e o não ser. Psicodelia a parte, este texto tem uma grande e constante reflexão. Se não gosta de refletir ou mesmo pensar, é melhor voltar para seu local de origem, o nada. Mas se ainda tem saco para ler algo que eu escrevo, sejam bem vindos ao: nada!
Sobre o nada!
Pensei muito sobre o que escrever hoje. Meu intento é começar este mês
arrasando em número de postagens. Pretendo postar, almejo, ao menos um
texto por dia. Um total de trinta neste mês. (Eu e minhas metas!) Bem da
verdade, eu escrevo todo dia, mas não são todos os dias que eu completo
algo útil. E foi assim que eu comecei o meu texto de hoje: divagando.
Pensei em escrever algo que me aliviasse do estresse, coisas que eu
odeio por exemplo... mas não quero voltar à velha lista (tem muita coisa
nessa). Coisas ruins? Nããão! Sabem que eu não gosto de coisas ruins.
Deixa eu ver... hum... já que não quero falar de coisas ruins, que tal
coisas boas? Hum... também não, não estou inspirado. Nem tão pouco as
coisas que amo. Seria um discurso longo e eu estou devendo um texto
sobre o amor.
Bom, foi pensando nestes assuntos que eu descobri sobre o que irei falar
hoje, e o assunto escolhido foi: nada! Isso mesmo. O nada é algo que
devemos dar mais atenção. Quantas e quantas pessoas, que eu conheço, que
estão repletas de nada!? É quase que uma epidemia. Mas não culpemos os
seres deste mundo (nem de outros), a culpa não é de ninguém senão de
nada, nem coisa nenhuma! Assim como nossos pecados, o nada é amplo,
complexo e nunca quer deixar de existir. Sendo desta forma, e de outra
não podendo ser, ele está entre nós, e por que não dizer: em nós!
Olho a minha volta e, por mais que eu veja algo, sempre hei de ver o
nada. Como posso deixá-lo passar despercebidamente, se, não restando
mais dúvidas, ele está ali? Analisemos então o nada. O que ele é?
Começaria dizendo: coisa nenhuma. Seria redundante de minha parte. Então
pensei em uma outra concepção: o nada é tudo aquilo que não se pode
ver. Mas mesmo assim há um problema; embora não se possa vê-lo, sabe-se
de sua presença. As coisas vão se intensificando e o que penso agora é: o
nada, embora invisível, é tudo aquilo que não deixa dúvidas de que,
ali, onde não existe coisa alguma, há o total de sua magnificência.
Mesmo onde existam todas as coisas, ele está ali.
Convenhamos: refletir sobre o nada te leva a lugar algum. Acontece que,
viver sem pensar no nada é como negar a existência de tudo aquilo que
nunca existiu. Você vê, fala, ouve, sente, embora tudo isso, não passe
de coisa alguma. Volto à velha frase: o que vivemos existe? Se não
existe, ou mesmo se realmente existe, o mais importante é que, o nada,
está lá. É descabido falar de nada quando, uma vez que pareça não ser
nada, na verdade ele é quase que tudo. E nisso eu digo: tudo engloba o
nada; e o nada é tudo. Ou seja, quando alguém diz: “eu tenho tudo”; na
verdade o que está querendo dizer é: “não tenho nada nem coisa nenhuma”.
Tenho muita coisa a pensar e refletir sobre o nada, mas mesmo assim, não
quero escrever mais nada. O assunto é extenso como a vastidão do
infinito e, isso me fez lembrar que, o que é o infinito senão
absolutamente nada?! Vagueio entre as palavras para descrever a forma do
que nunca vi e sempre soube que estava ali. Perda de tempo? Loucura? Eu
diria: nada disso!
Publicado originalmente no dia 2 de setembro de 2010, quinta-feira.
"Tudo se torna vacuidade" !
ResponderExcluirTambém me fez lembrar sobre um paradoxo da especialização:
ResponderExcluirCom aumento da especialização cada vez sabe-se mais e mais sobre menos. Por exemplo um super especialista sobre um único autor. Que pode ser um ultra especialista em uma época ou até mesmo uma obra.
Independente do assunto. Sabendo-se cada vez mais sobre cada vez menos, a especialização "última" é um belo dia descobrir que se sabe TUDO sobre NADA.
Exato, nobre amigo! Mas sempre vai além. Somos feitos de nada e o nada nos preenche. Nossos átomos são espaçados por nada. Há nada por todas as partes! Cuidado, pois pode não lhe significar nada!
ExcluirObrigado pelos comentários, velhão!
nada a declarar... :)
ResponderExcluirÉ isso aí, Iracema, vc entendeu tudo... ou nada! rs Obrigado pelo comentário. Abraço.
Excluir"tudo engloba o nada; e o nada é tudo."
ResponderExcluirAdorei pegar uma carona em sua reflexão.
De nada! kkkk
Excluirbjs